Jesus levou consigo Pedro, Joao e Tiago, e
subiu à montanha para orar ( Lc 9,28).
Não é fácil falar do paraíso: a
linguagem humana que se fala, a humana compreensão de como se ouve. A linguagem
humana em tudo è potente, de tudo faz uma ideia: da morte, do inferno. Aqui
porem a eloquência mais forte, a palavra mais viva se perde. E a razão é que o
homem fala por imagem: mas o paraíso é algo que não deixa imagem na mente porque
é superior à própria mente.
Podemos
contar as maiores felicidades, descrever
as alegrias mais excelsas. Colocar toda a enfase. Podeis multiplicar em vosso
espirito todas as impressões. E por fim, quando me parecia de haver dito muito,
e a vocês de haver feito um alto conceito, concluiremos que fizemos uma ideia não
do paraíso, mas de uma sombra do paraíso.
Pedro vê apenas um sinal na Transfiguração:
e apareceu transfigurado diante deles, seu
rosto mudou de aparência e sua roupa ficou branca e brilhante. Então disse: Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas, uma para ti,
outra para Moisés e outra para Elias. E a João, em Apocalipse, assim
aparece: vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu, de junto
de Deus, vestida como noiva enfeitada para o seu esposo.
E assim se exprime São Paulo: o que Deus preparou para os que o amam é
algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum
jamais pressentiu.
Santo Aníbal M. Di Francia
Vol. 26 cap. 69 file 5664
